terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Estou grávida! E agora?




Estou grávida! E agora?


Apesar do teste de farmácia indicar uma possível gravidez, eu neguei esta hipótese. Naquele momento de minha vida não conseguia imaginar um bebê em meus braços. Era jovem. Tinha um emprego que exigia grande envolvimento. Estava coberta de sonhos e projetos profissionais. Li o resultado do teste ainda no banheiro. Aguardei alguns minutos para contar a novidade ao meu namorado (hoje, marido). Ele estava ansioso. Caminhava pelo corredor de um extremo a outro. Sem saber o que dizer, preferi lhe mostrar o resultado do teste. Ele me perguntou: "O que isso significa?" Eu respondi: "Isso significa que eu estou gravida!"  Ele me olhou sem dizer nada. Apesar do susto, estava feliz. Tinha um sorriso nos lábios. Eu estava confusa e preferi ignorar a validade daquele teste. Tinha que me apresentar para o trabalho em poucas horas. Tomei um banho demorado e parti. Sai de casa sem querer entender aquela situação. Por ironia do destino, durante aquela jornada de trabalho tive febre e tremedeiras. Senti uma dor insuportável que tomava todo o meu corpo. Dormi em Foz do Iguaçu naquela noite. Logo que entrei no hotel peguei a chave e fui direto para o meu quarto. Estava cansada, confusa e com muito sono. Passei mal durante a madrugada. Fiquei por duas horas no setor de recuperação do pronto atendimento de um hospital. Aplicaram-me soro e uma medicação para regularizar minha temperatura corporal. Comentei com a enfermeira que retirava o soro de meu braço sobre a possibilidade de estar grávida. Ela sugeriu uma verificação mais eficaz. Na manhã seguinte, dirigi-me até o laboratório que ela havia sugerido. Fiz um teste de sangue e descobri  que o seu resultado sairia em 4 horas. Exames de farmácias apresentam grande margem de erro, eu ponderava. Caminhei pela cidade durante quatro horas. Entrei em uma igreja e rezei por diversas vezes todas as orações que conseguia me lembrar. Pedi, chorei. E, depois de algum tempo, apresentei minha resignação. Tentei me preparar para o resultado do exame. Não consegui. Quando abri aquele papel, meu corpo chacoalhava. Entrei em transe por alguns minutos. Caminhei a esmo. Chorei muito naquele dia. E, de repente, aceitei. Após a passagem do turbilhão de emoções, comecei a recolher os meus pedaços. Naquele instante, percebi que tudo iria mudar. Só não entendia que aquela seria a maior e a melhor aventura da minha vida. Aceitei desbravar o novo com fé. Pulsava, em mim, uma imensa vontade de ser a melhor mãe possível para aquela criança. 

De acordo com estudo divulgado pela fundação Oswaldo Cruz, 45% das grávidas brasileiras não tem uma gestação planejada. Essas mulheres são atiradas à maternidade e, apesar do amor que carregam em seus braços, encontram-se repletas de duvidas e anseios sobre este mundo novo que nasce aos seus olhos. Ao refletir sobre este resultado, busco contribuir para que muitas mulheres possam enfrentar este momento de forma mais segura e feliz. Afinal, a gestação é uma preparação para o exercício da maternidade. Pegue em minhas mãos. Vamos passear pelos caminhos que já percorri? Quem sabe não posso te ajudar?
A minha primeira dica é :
"Aproveite esta jornada, pois a caminhada é rica e está repleta de lições valiosas. Enquanto os anseios e expectativas crescem proporcionalmente a circunferência de sua barriga, seja feliz e deixe o seu bebê sentir isso!"

Nos próximos posts tratarei os momentos da gestação através dos trimestres. 

1º trimestre: da 1º à 13º semana
2º trimestre: da 14º à 26º semana
3º trimestre: da 27º à 40 ou + semana

Falarei sobre o desenvolvimento fetal e sobre a saúde física e emocional da mãe durante estes períodos. Vale a pena conferir!!!


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